Mas só este mês se começou
a perceber a verdadeira extensão do problema, quando começaram a ser detectados em outros
países vestígios de carne de cavalo em produtos que deveriam
conter carne de vaca. Até agora, já foram retirados de venda produtos no
Reino Unido, Irlanda, França, Áustria, Noruega, Holanda, Alemanha,
Finlândia, Dinamarca, Suécia, Bélgica, Itália e Espanha.
Nem a gigante suíça Nestlé escapou ao escândalo da carne de cavalo não declarada em alimentos
transformados. Algumas das suas massas recheadas também contêm vestígios carne
de cavalo, revelaram os testes que estão a ser feitos para detectar a presença
de ADN de cavalo nos produtos vendidos por toda a União Europeia.
A Nestlé está agora a
retirar dos supermercados espanhóis e italianos os ravioli e tortellini de
carne da marca Buitoni, que pertence ao grupo, e a substituí-los por produtos
com 100% carne de vaca, anunciou nesta terça-feira a empresa suíça.
Segundo a Nestlé, que já
pediu desculpa aos consumidores, não estamos perante nenhum problema de
segurança alimentar, mas “a rotulagem errada dos produtos significa que não
cumprem os elevados padrões que os consumidores esperam”.
“Os níveis detectados estão
acima do limite dos 1% que a Agência para a Segurança Alimentar do Reino Unido
definiu para uma provável adulteração ou negligência grosseira”, lê-se no
comunicado. Por enquanto, estão suspensas todas as entregas da empresa alemã H.
J. Schypke, fornecedora da carne em que foi detectado ADN equino.
Especialistas
afirmam que pessoas que adoeceram por ingerir este tipo de alimento
poderiam processar as empresas em £ 10 mil por “angústia mental”.
Para os brasileiros, comer carne do
equino beira o tabu, mas em outros países faz parte do cardápio, como na
França, Bélgica, Itália e países da Ásia, onde a carne de sabor forte e
levemente adocicado é apreciada. Apesar do "preconceito", um
restaurante japonês de São Paulo já serviu sushi e sashimi feitos com carne de
cavalo.
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