Por Marcelo Rosa
Na bela manhã de sábado (16) um grupo de amigos se reuniram para um pouco de aventura. Heider Samarone, Bruno Carvalho e Paulo Rogério saíram de Araxá/MG para pedalar 86 km chegando ao município de Ponte Alta/MG, todo o percurso pela BR 262 durou cerca de 3h30 e foi feito com uma média de 25 km/h e contou com Jean Madalena no carro de apoio.
Em Ponte Alta se juntaram a Rodrigo Siqueira, Geovanni Afonso e
Marcelo Rosa e também com Marcus e Raquel da cidade vizinha Uberaba, para a
prática do Rapel
Rapel
Conhecido no Brasil como rapel, a denominação deste esporte vem
do verbo francês rappeler que significa chamar, recuperar, explorar. o rapel é
uma técnica de descida de cachoeiras, cascatas, precipícios, prédios, pontes,
morros, penhascos, paredões, viadutos, chegando até as alturas inusitadas.
Para praticar rapel é necessário ser conhecedor de técnicas de
montanhismo além de ter experiência com o manuseio de equipamentos básicos de
escalada como cadeirinha, mosquetões, freio oito, corda estática, etc.
Há ainda os equipamentos de segurança, como luvas e capacete que
também não são de menor importância. Apesar de sua prática ser relativamente
fácil, nas versões mais moderadas, como em qualquer outra atividade dos
esportes radicais e de aventura, recomenda-se ser acompanhada por um instrutor
especializado.
Os estilos desta prática são: Rapel em positivo – é realizado
com o apoio dos pés na parede; Rapel em negativo – sem o apoio dos pés, o
praticante desce em queda livre, lançando-se no vácuo; Rapel guiado –
normalmente utilizado em cachoeiras e quedas d’água onde é necessário fazer
desvios diagonais da trajetória para evitar fortes torrentes; Rapel fracionado
– é dividido em vários rapéis menores para encontrar um caminho mais seguro.
Hoje, quando utilizado em cachoeira pode ser encontrada também a
denominação de cascading. No Brasil, considera-se o rapel como uma prática
esportiva com identidade própria e não como um meio para se praticar outros
esportes, mas há quem considere apenas como prática de lazer. É muito utilizado
por diversas atividades como escaladas, estudos espeleológicos e em resgate. Em
montanhas, sendo bastante difundido como uma das modalidades que compõem as
corridas de aventura.
Com muita dedicação e profissionalismo, Rodrigo e Geovanni
prepararam os equipamentos necessários, procuraram a melhor árvore para
ancoragem, passaram as cordas verificando tudo com muita atenção para que nada
desse errado na descida e que todos pudessem se maravilhar observando a bela
paisagem em volta da cachoeira.
Os estreantes na prática do Rapel, Marcelo Rosa e Paulo Rogério,
observaram os preparativos com certo receio e desconfiança, uma piada aqui, uma
risada acolá, saiam para aliviar um pouco a tensão que pairava no ar durante
todo o processo. Os mais experientes, ajudaram os outros a se equiparem
devidamente com os equipamentos de segurança; capacete, cadeirinha, luvas para
que todos pudessem se divertir com total segurança.
Tudo pronto. Rodrigo Siqueira realiza uma pequena palestra
mostrando o funcionamento e explicando com toda sua experiência, como seria a
descida e que tudo ocorreria na maior segurança. Rodrigo como de praxe desce
primeiro verificando todo o equipamento e verificando se tudo em ordem. Em
seguida, foi à vez de Marcos Ferreira mostrar toda sua habilidade na
modalidade. Ele para na metade do caminha e espera seu irmão Samarone, para
curtirem juntos a linda paisagem, depois foi a vez de Bruno Carvalho, Marcelo
Rosa, Jean e Paulo Rogério se aventurarem e experimentar a inexplicável
sensação de liberdade proporcionada pelo Grupo Extremos.
Raquel Mateus, única mulher presente e responsável pela maioria
das fotos, desceu em seguida. O namorado Marcos, a acompanhou e fizeram um belo
espetáculo, em meio às manobras radicais com direito até de namorar e um beijo
do homem aranha. O último a descer foi Geovanni Fonseca, que com toda dedicação
e paciência, ajudou a todos na hora da saída, explicando os procedimentos e em
muitos momentos passando tranquilidade pra quem nunca havia praticado o rapel.
A cachoeira de Ponte Alta/MG, 35 metros, parece um brinquedo na mão dos mais
experientes e uma mistura de ansiedade, medo, alegria e coragem para os
marinheiros de primeira viagem em busca
do desconhecido e um pouco de emoção.
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